A etimologia extrai da origem das palavras luzes para uma compreensão mais plena do uso atual, mesmo quando a história conduz a paragens muito distantes do berço das mesmas. Alguns desvios, no entanto, parecem misteriosos.
De origem grega, as palavras nomos (norma, regra, lei, conjunto de leis) e logos (estudo, racionalidade, conhecimento, discurso) participam da composição de muitas palavras da língua portuguesa: autonomia, astronomia, astrologia, gastronomia, gastrologia, agronomia, fisionomia, fisiologia, sociologia, antropologia, filologia, semiologia etc.
Como a racionalidade da ciência é mais valorizada do que o mero conhecimento de leis cuja compreensão não parece derivar da lógica, palavras derivadas de logos costumam ter mais prestígio do que as que derivam de nomos.  Uma análise da lista acima apresentada parece confirmar tal fato. Há uma misteriosa exceção: enquanto a astronomia tem o estatuto de uma verdadeira ciência, a astrologia não merece qualquer consideração acadêmica.

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