Em média, 372 professores da escola básica são licenciados diariamente no Estado de São Paulo; 27% de tais licenças decorrem de transtornos mentais. O dado é revelador da desesperança do professor, da parca perspectiva de engajamento em projetos de efetiva melhoria da educação básica. É indício de uma sincera vontade de participação que não encontra canais de atualização e conduz, paulatinamente, ao desalento. Iniciativas da Secretaria que articulem e potencializem tais energias latentes podem ser a saída. Os professores precisam ser chamados profissionalmente a participar. Os Conselhos de Educação, em seus diversos níveis, poderiam catalisar tal mobilização, que precisaria passar bem longe das especificidades e das comuns distorções do sindicalismo. Não carecemos de profissionais competentes, dispostos a se articular em defesa de uma boa causa: carecemos da explicitação de causas efetivamente mobilizadoras.

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