Deus é uma hipótese desnecessária para uns; para outros, um elemento fundamental para a crença no sentido do mundo. Mas os crentes não têm ideias convergentes sobre o que seria a divindade. Pai de todos nós, Senhor todo poderoso, criador/administrador do Céu e da Terra, representação simbólica do poder da natureza, são algumas das tentativas de caracterização.
Pela sua originalidade, vale a pena refletir sobre as ideias de Viktor Frankl sobre o tema. Para ele, é próprio do ser humano buscar o sentido de sua existência. Em sintonia com a máxima nietzschiana, afirma que “quem tem um porque, arruma um comoviver”. E uma vida com sentido somente se constrói por meio da palavra, do diálogo. O diálogo interior é condição de possibilidade de uma consciência pessoal. Uma prece é um diálogo desse tipo.
Para Frankl, “Deus é o parceiro dos nossos mais íntimos diálogos conosco mesmo.”
Essa acepção de Deus torna absolutamente suspeito todo pretenso intermediário em sua relação com os seres humanos.

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