Há autores originais, que escrevem de modo claro e sabem atrair a atenção do público, inserindo, em suas mensagens piadas divertidas. Há outros que nos parecem mais difíceis, mais profundos, e podem não agradar nos primeiros contatos, exigindo algum esforço para uma apreciação mais justa.

Todos queremos ser originais e profundos, combinando graça e rigor, mas, às vezes, algumas opções precisam ser feitas. Números de audiências, por exemplo, podem ser enganosos. No senso comum, quanto mais se agrada a todos, menos se agrada profundamente. Com mais vigor, Einstein foi fundo na questão quando disse: “Tudo deveria ser feito da maneira mais simples possível; não mais simples do que isso”.

De fato, quando nos dirigimos aos outros, queremos ser profundos e originais, rigorosos e engraçados, e frequentemente o somos, mas por partes. O grande perigo está na possível disjunção entre tais partes: se o que é original não é profundo, ou o que é profundo não é original, então temos um sério problema.

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