A simbiose entre o significado e a relevância é o ideal de toda pesquisa, mas não são poucas as cascas de banana a serem evitadas. Uma pesquisa pode ter conteúdo cientificamente relevante, mas ser metodologicamente irrelevante; também pode ocorrer de a metodologia ser irrepreensível, mas os objetivos propostos traduzirem irrelevâncias.

A estatística pode ser boa ou má conselheira, na distinção entre significâncias irrelevantes e insignificâncias relevantes, mas é preciso cautela para não se deixar fascinar por números e transformá-los em fins, em vez de meios da pesquisa. Afinal, diz-se que os números não mentem, mas é fato que mentirosos usam números.

Na área da saúde, o reconhecimento de derrapadas como as referidas pode ser feito com mais nitidez. Aqui, é mais fácil identificar refinadas metodologias no enfrentamento de temas de pouca relevância clínica, assim como se pode reconhecer que o instrumental metodológico escolhido foi insuficiente para as análises científicas necessárias.

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