O número de pessoas presas do sexo feminino no Brasil é cerca de 50 mil, enquanto os presos masculinos são da ordem de 700 mil. As pessoas com sangue tipo A são 42% da população brasileira, e as de tipo B, apenas 10%.

A realidade de tais números não confere qualquer resquício de racionalidade a “ações afirmativas” que pretendam criar cotas para que as presidiárias não sejam apenas 7% do total e tendam a se tornar 51%, uma vez que as mulheres são 51% da população. Nem conheço quem queira estimular o nascimento de pessoas com sangue tipo B.

Outros exemplos poderiam ilustrar, em tal lógica insana, o que me parece ser o Lado B das Cotas. Não é muito diferente a pretensão de se ter no Congresso Nacional a porcentagem de mulheres ou de negros próxima à correspondente na população. Nas eleições para o Congresso, busco um representante com o qual tenha uma sintonia fina com valores socialmente acordados: não me interessam a cor da pele, o gênero/opção sexual, nem o tipo de sangue do candidato.

******19/10/2020

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