Para alguns, uma evidência da falta de sentido da vida é o caráter irremediável morte. Em termos pessoais, a vida de cada um de nós é efêmera, nada parece ter um valor permanente. As ações e as características pessoais mais admiradas desaparecem em algumas décadas. Mas a brevidade da vida merece também créditos expressivos na explicitação do sentido de nossa existência pessoal e no significado da vida humana em sentido amplo.

De fato, é a limitação do tempo que nos obriga a escolhas e dá consistência às narrativas pessoais. As ideias de projeto e de planejamento alimentam-se da variável tempo. O modo de ser do ser humano e sua inerente arquitetura de valores estrutura-se no tempo, elemento constitutivo tanto da História quanto das histórias de vida. Narrativas ficcionais que exploram a expectativa de imortalidade desaguam em situações de desconforto especulares em relação às da morte física. Highlander e seu tema (Who wants to live forever?) constitui apenas um entre numerosos exemplos.

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