É questão pequena, não vale a pena polemizar: referir algo que se aprende, registra ou veicula a determinado contexto é contextuar, ponto final. Similarmente, atuar deriva de ato, atualizar deriva de atual, animar deriva de ânimo, animalizar,  de animal, e assim por diante. Se a referência direta é ao contexto, então “Contextualizar” é um transbordamento desnecessário. Mas alguma razão de natureza fonética deve existir pois a tentação do “alizar” é grande e muitos dicionários passaram a registrar as duas formas.

Um exemplo da anomalia do “alizar” ocorre ao usarmos um computador. Quando ligamos, é muito comum lermos na tela: “o Windows está sendo inicializado”, e não apenas iniciado. Quando desligamos, no entanto, quando já esperamos a coerência do encerralizado, lemos que “o Windows está sendo encerrado”, simples assim.

Reiteramos, no entanto: não vale a pena se amofinar. Afinal, como bem registrou Guimarães Rosa no clássico Grande sertão, veredas, “pão ou pães é questão de opiniães”.

 

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