Para nossos avós, era simples assim: estudamos muitas matérias, mas precisamos sair da escola sabendo leR, escreveR e contaR. Tínhamos que demonstrar competência nos chamados três “R”s.
Hoje, os tempos são outros e os três “R”s já não parecem bastar. Antigamente, podíamos ser apenas analfabetos na língua materna; hoje, podemos ser polianalfabetos: em informática, em ciências, em política, em economia…
Diante da multiplicidade de conteúdos disciplinares apresentados na escola, teorias sobre competências buscam uma nova tríade, uma visão sintética das competências pessoais para substituir os três “R”s, que teriam caducado.
Uma brecha pode ser aberta em tal análise: não seria o caso de buscarmos uma revitalização das antigas competências? No fundo, tudo o que buscamos na escola é aprender a ler, escrever e contar; ocorre que, hoje, são outros os significados de tais ações. É preciso ser capaz de mais do que ler um texto; na expressão de Paulo Freire, estudamos para aprender a ler o mundo..

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