Em tempos de globalização da economia e da cultura, pátria família são palavras, às vezes, consideradas tradicionais demais, e até mesmo obsoletas. Em certos contextos, são vistas como deformações caricatas, dando lugar a novas ou insólitas configurações familiares, ou a agrupamentos multinacionais que comungam essencialmente interesses econômicos.
O aparente desconforto provocado por tais termos decorre de certos desvios em seu uso. O escritor inglês Samuel Johnson (1709-1784) registrou que o patriotismo é o último refúgio dos canalhas. E associações demasiadamente estreitas entre família epropriedade provocam um desgaste indevido da dimensão afetiva do núcleo familiar.
Entretanto, as exceções apenas parecem confirmar a regra: continuamos a nascer com a expectativa da paternidade e da maternidade, no seio de uma família. E mesmo quando circulamos por múltiplos territórios nacionais, a Terra Pátria, ou a Terra dos nossos pais permanece importante na caracterização de qualquer pessoa.

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