Nas avaliações educacionais, os currículos desempenham importante papel como instrumentos de organização das ações. Não são apenas elencos de disciplinas, com seus conteúdos programáticos. Incluem espaços e atividades que articulam dimensões cognitivas, pedagógicas e políticas do ato educativo. Não podem desdenhar dos conteúdos, em nome do discurso político, nem submeter-se acriticamente a tecnicidades pedagógicas que atropelem ou minimizem a importância de tarefas básicas, como a construção da cidadania e a vivência de princípios éticos.
Na estrutura curricular, é fundamental construir e alimentar espaços da igualdade e da diferença, articular e mediar a convergência de interesses pessoais e coletivos. Em tais tarefas, o diálogo e a confiança no fazer com a palavra são elementos imprescindíveis.
O elogio do diálogo, no entanto, não pode elidir um fato: a assimetria nos papéis e nas responsabilidades de professores e alunos. A escola prepara para a democracia, mas não é uma democracia.

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