Todo planejamento refere-se imediatamente ao projeto do qual é tributário. Planejar é organizar as ações a serem realizadas, tendo em vista os objetivos que se buscam. O mapeamento do que é fundamental é o primeiro passo a ser dado. Descartar irrelevâncias, decompor, hierarquizar e articular as metas são ingredientes necessários ao planejamento. Os temas envolvidos encontram-se multiplamente relacionados, mas nem tudo é igualmente relevante: ponderar as relações constituintes é preciso.
Um elemento decisivo no ato de planejar é o tempo de que se dispõe. A decisão sobre o que é fundamental ou relevante depende inteiramente de tal fator. É impossível definir percursos ou destacar prioridades sem a referência a balizas temporais. Os planejamentos não têm a natureza e a rigidez das leis. Não podem ser fotografias, ou representações estáticas. São como mapas em permanente estado de atualização, ou cinemapas, na feliz expressão de Pierre Lévy.
Planejar é como construir o roteiro de um filme.

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