Ao buscar o primeiro emprego, os jovens podem ser vítimas do ardil da experiência prévia: um candidato com grande potencial, mas inexperiente, pode ser preterido por outro menos competente, em razão de seu primeiro emprego já ser o segundo.
Uma experiência efetiva nas atividades a serem desempenhadas pode ser interessante, mas uma boa formação conduz a outro tipo de vivência, que se pode adquirir por meio de experiências de pensamento e da simulação: a experiência vicária. Nos anos 1960, mesmo com parca tecnologia, Bruner já destacava a importância dos dispositivos que podem propiciar tal experiência substituta: ontem, filmes e outros artefatos audiovisuais; hoje, simulações e virtualidades de todos os tipos.
Não precisamos comer alimentos deteriorados, nem de um choque de 5 000 volts para imaginar os efeitos de tais experiências. A vivência efetiva não pode dispensar a capacidade de imaginação; em muitos casos, no entanto, a imaginação é suficiente para dispensar a experiência efetiva.

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