As avaliações estão na ordem do dia e a produção de rankings de pessoas e instituições tem sido um recurso freqüente para, supostamente, destacar o mérito de cada uma delas. Nem sempre, no entanto, os critérios adotados são nítidos ou confiáveis. Instrumentos que seriam eficazes apenas para uma organização dos avaliados em algumas poucas classes ordenadas, como ocorre com as estrelas atribuídas aos hotéis, são utilizados de modo inconsistente para amplificar diferenças insignificantes.
Apesar do inegável fascínio, as ordenações podem revelar ou podem esconder aspectos fundamentais do que é avaliado, e freqüentemente fazem as duas coisas ao mesmo tempo.
Numa época em que a diluição do ser no parecer ainda não atingira os níveis atuais, La Rouchefoucauld expressou, em uma de suas máximas:
”O rank está para o mérito assim como o vestido está para a mulher bonita”.
De fato, um vestido pode destacar as formas, mas sua função é esconder o essencial: a beleza que realmente conta subjaz a ele.

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