Nílson José Machado

Quatro desafios se apresentam a todos que decidem buscar soluções para os problemas que a realidade do Ensino Fundamental apresenta.

O primeiro é superar a falta de identidade dessa etapa da Educação Básica. Desde os tempos idos da dupla identidade do Ensino Primário e do seletivo Curso Ginasial, tentativas de justaposição simples na constituição do Ensino de Primeiro Grau até a atual denominação de Ensino Fundamental, cindida em Fundamental I e Fundamental II, nenhuma mudança estrutural foi realizada, e “ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais”, como clamou Belchior.

O segundo é ofertar uma formação integrada para os professores desse nível de ensino, ultrapassando a anomalia atual (e de sempre), em que a maior parte dos professores do Fundamental I não conhece os conteúdos (de matemática, principalmente) do Fundamental II.

O terceiro é a incorporação e a vivência da ideia das áreas do conhecimento, tacitamente presente na prática pedagógica desse nível de ensino (não somente nas Ciências da Natureza), facilitando a “acoplagem” com o Ensino Médio.

O quarto é a tomada de consciência da não terminalidade do Ensino Fundamental, dando mais ênfase ao fato de que caracterizar o Ensino Médio como a etapa final da Educação Básica é uma conquista histórica que precisa ser concretizada.

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