O hábito não faz o monge, mas ternos ou vestidos longos não são convenientes para a praia, nem sungas ou biquínis para as salas de aula. Certos ambientes sugerem vestimentas e comportamentos adequados, ou se instala uma dissonância. Se o tema é regulado por normas, quem as viola deve ser responsabilizado; sem normas explícitas, o dissonante deve ser alertado sobre o significado de seu ato, na expectativa do restabelecimento da harmonia.
Imaginemos que vestes inadequadas de um(a) aluno(a) provoquem uma dissonância na escola. Não se justificam, em hipótese alguma, nem a agressão dos colegas, nem reações extremadas da instituição. Xingamentos ou linchamentos são próprios das massas ignaras, não são compatíveis com ações civilizadas. Educação é construção da consciência pessoal, que é o oposto da massificação. Se a instituição de ensino reprime violentamente manifestações pessoais, mesmo as dissonantes, é porque abdicou da autoridade educacional e desistiu da Educação: sobrou a Inquisição.

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