A prudência é uma das virtudes cardeais em Santo Tomás. Ela não diz respeito às precauções, mas a modos de ação prática, em sintonia com a ideia de justiça. O impetuoso jovem, com a mais justa das intenções, pode cometer imprudências. Avançar na idade pode nos tornar mais prudentes.

Dois exemplos ilustrativos. Em Razões Práticas, Bourdieu escreve que o ato desinteressado não existe. Nossas ações seriam sempre motivadas por interesses, velados ou não. Será? Vamos mais devagar. A dimensão mercantil não é sempre determinante de nossas ações, não dá conta do valor do conhecimento, da arte, dos sentimentos… Bourdieu também escreve que a motivação da dádiva é o interesse pela criação do laço com o outro. Aí a concordância é total; o interesse é o laço, concordamos.

Whitehead escreve, em Os fins da Educação, que tudo o que ensinamos na escola tem que ser útil. Mas também escreve que a maior utilidade do que aprendemos é a compreensão do significado dos temas estudados. OK, vamos nessa…

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