Uma das armadilhas frequentes na busca do significado da vida é a ideia da unicidade do Universo. Vivemos em múltiplos universo de significações.
A Arte e a Ciência descortinam diferentes realidades:
em cada vertente, um universo específico. A realidade indiscutível da luz é-nos apresentada pelas teorias científicas ora como ondas que passeiam no espaço-tempo, ora como fótons que desfilam de modo caoticamente ordenado, ora como ínfimas cordas vibrantes, que criam partículas tal como um violão gera as notas musicais. A própria Matemática nos apresenta uma multiplicidade de geometrias, que desafiam a percepção imediata e seduzem a imaginação. Se conhecer é conhecer o significado, como buscar uma resposta única para as questões cosmológicas, quando a multiplicidade de sistemas de significações é a regra básica? Não seria o caso de buscarmos uma compreensão mais ampla do que é isso, o Universo, assimilando-o a um harmonioso coral de versões? Não seria mais adequado chamá-lo de Multiverso?

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