Uma das situações que mais revelam o caráter indesejável do desequilíbrio é a da distribuição de renda. Em 2015, apenas 1% da população mundial acumula uma renda equivalente à dos demais 99%. É como se 99% do PIB mundial correspondesse a um só país com a população da Tailândia… O desconforto de tal dado não pode, no entanto, conduzir ao igualitarismo absoluto na distribuição da riqueza. O contraponto para a desigualdade extrema não deve ser o fim das diferenças pessoais. O equilíbrio relaciona-se mais com a equidade do que com a igualdade. Somos diferentes como pessoas, e gostamos disso.

O equilíbrio extremo é paralisante, é uma espécie de morte. Não damos um passo sem nos desequilibrarmos aqui para nos reequilibrarmos acolá. Em cenário de carências, caracterizar os excessos é tema complexo, mas decisivo. Uma contribuição para uma reflexão a respeito é a quadrinha nordestina:

“Nem de menos, nem demais/Faz bem em qualquer assunto/Muito pouco é ruim demais/Tudo o que é demais, é muito”.

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