A noção de competência traz à lume a ideia de equilíbrio como um valor a ser cultivado. Antigamente, aprender a ler, escrever e contar traduzia as expectativas da escolarização. Atualmente, três pares de competências de uma pessoa bem formada são: capacidade de expressão de si e de compreensão do outro; de análise argumentativa e de síntese conclusiva; de concretização dos conceitos e de imaginação, de extrapolação da realidade imediata.

Naturalmente, não existe competência em quem se expressa muito bem mas não consegue ver o outro; em quem analisa minuciosamente, com conteúdo, mas é incapaz de tomar decisões; em quem vive apegado à realidade dos fatos, mas é incapaz de imaginar algo novo. Também não é competente quem apenas vê a perspectiva do outro, mas não se manifesta; quem toma decisões sem análise suficiente; quem vive no mundo da imaginação, sem considerar a realidade imediata.

Nos três casos, a competência está associada à busca de um justo equilíbrio entre pares não exclusivos.

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