A lógica é implacável: a única maneira de não ficar velho é morrer jovem. Não obstante, a conotação negativa predomina no caso da velhice. As limitações físicas costumam ter muito mais destaque do que o nível de consciência atingido, do que os frutos de uma trajetória vital fecunda, de uma memória eticamente orientada, de uma narrativa pessoal consistente.
Em tempos recentes, uma inovação semântica tem-se consolidado: em vez de adjetivar como velho, diz-se, de modo mais simpático, que um pesquisador ésênior, que um analista é sênior etc.O respeito pela experiência é evidente e o sentido é positivo: em latim,senior é mais velho, e contrapõe-se a junior, mais moço, iniciante.
Em diferentes culturas, a tarefa da previdência, da proteção do futuro, após a diminuição da capacidade produtiva, é tratada pelos governos como um fardo. Inserir organicamente idosos saudáveis no desempenho de funções seniores, em atividades compatíveis com a experiência pessoal: eis uma perspectiva interessante.

13/11/2012

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