Partimos de uma constatação acaciana: na escola, avaliamos pessoas, cuja complexidade exige um espectro de instrumentos, nenhum dos quais pode ser reduzido a mero instrumento de medida. Avaliar é sempre mais que medir.
No afã de reduzir a avaliação a um processo de medida, o recurso a teorias matemáticas tem-se revelado uma tentativa vã. Exemplo atual é a Teoria da Resposta ao Item, em que sofisticados conceitos estatísticos apóiam-se em pressuposto duvidoso: as questões de uma prova são extraídas de Bancos de Itens perfeitos. Neles, jazem organizadas, pré-testadas, categorizadas de modo absolutamente confiável, como se tivessem sido criadas por um deus.
Nas provas tradicionais, a confiança repousa nas Bancas que elaboram os itens, e que assumem a responsabilidade pela sua criação, pertinência e adequação.
Do ponto de vista técnico, há Bancos e Bancas mais ou menos confiáveis. Intuitivamente, no entanto, literal e figuradamente, as Bancas parecem muito mais confiáveis do que os Bancos.

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