Ao refletir-se no espelho ou refratar-se entre dois meios, a luz escolhe o caminho mínimo. Uma máxima latina estabelece: a natureza nada faz de inútil.
Em 1744, Maupertuis enunciou o Princípio da Ação Mínima: em cada situação, os fenômenos ocorrem de modo a minimizar uma grandeza chamada ação. Euler e Lagrange partiram de tal princípio para criar a Mecânica Analítica. Nela, as leis básicas, inclusive as de Newton, são deduzidas a partir da minimização do valor do Lagrangeano. Tiveram ainda outro insightvital: mínimos e máximos andam sempre de mãos dadas. O máximo lucro alimenta-se do mínimo custo; o aproveitamento máximo do mínimo desperdício.
Nas ações humanas, mínimos ou máximos sempre estão presentes e a busca da otimização é instigante. A própria Ética somente se constitui se cada um, ao agir, dá sempre o melhor de si. A corrupção de tal ideia é a prática de o máximo para si, o mínimo para o outro.
A vida é ótima quando nos dedicamos ao máximo para minimizar o sofrimento no mundo.

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