A técnica pode ser entendida como a produção de ferramentas para adaptar o meio ambiente ao modo de ser humano, buscando minimizar seus esforços, em diferentes contextos.
A Antropologia nos indica que não se pode pensar no homem sem a técnica, nem sem a linguagem. A História nos revela que toda tentativa de fixar relações de precedência, ou de reduzir uma dessas dimensões à outra é condenada ao fracasso. A Filosofia nos torna conscientes de que a técnica e a linguagem são dimensões humanas que sempre estiveram imbricadas. A Ciência nos aponta que as modernas tecnologias, consolidadas como o logos das técnicas, constituem ferramentas que transformam substancialmente as formas de expressão e comunicação, criando e explorando novas e instigantes dimensões da linguagem.
Afinal, a marca do ser humano é a técnica ou a linguagem? Quando nos damos conta de que a linguagem é uma ferramenta, como o machado ou a enxada, como a razão e os conceitos, pomos em pé o ovo de Colombo: o logos é técnica.

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