A técnica é inerente à condição humana, mas sua transformação em tema de estudos é relativamente recente. Na Grécia antiga, a techné  e o logos  não se comunicavam, não havia “o logos da técnica”. A palavra “tecnologia” com o sentido atual surge com a Revolução Industrial. É na Enciclopédia de Diderot que se explicita pela primeira vez na história uma lista de disciplinas a serem estudadas pelos que buscavam uma formação para o trabalho.
A partir de 1950, com a ascensão dos computadores, a tecnologia passa a ser associada às tecnologias informáticas, empurrando a técnica para os bastidores das questões teóricas. Mas é na técnica que reside uma dimensão fundamental do ser humano: a informática não passa de uma de suas manifestações, ainda que a mais espetaculosa.
A onipresença das tecnologias exige uma permanente reflexão sobre as implicações de tal invasão. Mas Aristóteles não nos tornou racionais ao tematizar a Lógica, nem a informática nos tornou conscientes do significado da técnica.

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