Os acontecimentos sucedem-se no tempo e é grande a tendência de encadeá-los – os antecedentes determinando os conseqüentes. O nexo causal entre eles nem sempre é facilmente percebido, e algumas vezes dizemos que a relação é casual. Eventos surpreendentes, relações não explicáveis por meio de um encadeamento lógico, são chamados de “serendípticos”, e a fé na cadeia continua.
Mas o encadeamento linear está longe de dar conta da complexidade das articulações vitais. Os eventos são multiplamente conectados, compondo uma imensa rede, em que os nós/significados são feixes de relações de natureza diversa, e as relações são caracterizadas por meio dos nós que as interligam. Quando encadeamos, o fazemos sobre esse imenso mar/rede, fecundo e instigante.
Se o encadeamento nos bastasse, viver seria simples como atravessar uma rua, olhando para trás e para diante. Mas a vida é uma imensa rede de significados, o que exige de nós um mapa e uma bússola, para nos orientar e conduzir até onde queremos ir.

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