A ordem existente no caos aparente fez nascer a Probabilidade e a Estatística, no século XVIII. No início, “provável” era o que, apesar incerto, podia ser “provado”. A média aritmética tornou-se um representante decisivo de uma distribuição de medidas discrepantes; e o desvio padrão, uma medida da distância média entre a média e seus representados.
Regularidades fortes em fenômenos aleatórios tornaram-se visíveis por meio da média e do desvio padrão. Uma distribuição é “normal” se 68% dos representados não se afastam da média mais do que 1 desvio padrão, 95% deles não se afastam mais do que 2 desvios, e 99% não se afastam mais do que 3 desvios.
A simplicidade da “normalidade” é um convite a se ver distribuições “normais” em quase todos os lugares, gerando uma espécie de “determinismo” da aleatoriedade.
Mas a ditadura da média tem limites, e os raros eventos situados na cauda da normalidade são tão reais quanto os mais freqüentes. A vida e a graça da vida em grande parte decorrem disso.

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